sexta-feira, 12 de junho de 2015

Velhas Cartas de Amor, Um Costume em Extinção.

Fatos e Fotos que Fazem a História de Esperança

Foto Modelo de Uma Carta de Amor.

Dia dos namorados me trouxe à lembrança dos dias em que se escreviam cartas de amor.

Lembro-me que nos anos 50, 60 e até a década de 80, as casas de miudezas vendiam cartas já prontas para os namorados e noivos apaixonados, em Esperança, meu pai era proprietário de um armarinho de miudezas e perfumarias, porém, tinha de tudo para vender. A cidade ainda não havia adotado o sistema moderno de supermercado.

Nos fins de ano, mais precisamente, no Natal e nas festas de ano Novo, era costume dos casais de namorados e noivos enviarem cartas de amor. Mesmo aqueles que não sabiam escrever ou não tinham inspiração para escrever uma carta de amor, comprava a carta já pronta, impressa, com frases das mais variadas, capazes de emocionar a pessoa amada.

O estilo da carta, variava de acordo com o sexo da pessoa que enviava e da pessoa que recebia. Por exemplo: Uma moça que enviava a carta para o seu namorado. enfeitava o papel com figurinhas de flores, coração transpassado com uma seta e, muitas vezes, colocava uma pétala de rosa perfumada dentro do envelope, simbolizando a expressão de um grande amor.

Para aqueles que não sabiam ler, o comerciante tinha que ler a carta ou várias cartas para êle escolher uma. A que lhe tocasse mais o coração e expressasse maior sentimento de amor,  era a que escolhia. A carta de amor também era acompanhada de um presente, geralmente, uma caixa de sabonete com três unidades, a mais procurada era a que estava em evidência na época, como "sabonete alma de flores", sabonete orquídea, etc.

A Agencia do Correio de Esperança fica super movimentada e abarrotada de cartas, todas para serem entregues no mesmo dia. 

Infelizmente, o modernismo aniquilou o antigo costume romântico, ningém escreve mais para ninguém. Tudo, hoje, é virtual, "on line".

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