quinta-feira, 26 de julho de 2012

Fatos e fotos que fizeram a História de Esperança - A inauguração da praça Getúlio Vargas


                                           Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
                                       Eis um dos documentos importantes da história administrativa do município de Esperança. A Ata de inauguração da Praça Getúlio Vargas e do Pavilhão 10 de Novembro. Esse fato ocorreu no dia 10 de novembro de 1941, em cuja solenidade compareceram diversas autoridades, escolas e a sociedade de Esperança representada por figuras importantes do meio social esperancense. O prefeito da cidade era o Sr. Sebastião Vital Duarte.
                                            O orador da solenidade foi o cidadão Severino de Alcântara Tôrres, representando o então chefe do executivo. Sua oratória, como narra a Ata, exaltando o Governo Federal, na pessoa do Presidente Getúlio Vargas, que estava comemorando o quarto aniversário do Estado Novo.   Quem lavrou a Ata foi a Sra. Maria José Tôrres, Secretaria e escrivã da Prefeitura.
                                                   Entre as pessoas presentes àquela solenidade, além do Prefeito Municipal, estavam o Monsenhor João Honório de Melo, vigário da Paróquia, Joaquim Virgulino da Silva, Fausto Bastos e tantas outras pessoas.
                                                    



Fatos e fotos que fizeram a historia esperancense - A Pracinha




Fatos e fotos que fizeram a historia de Esperança

    A foto que vemos ao lado é reminiscência de um  dos patrimônios públicos que marcaram fatos históricos da nossa cidade. Carinhosamente era chamada de "A Pracinha". Era o lugar de todos, dos encontros, do bate-papo, do cafezinho e da cervejinha, aos domingos. Foi palco de grandes acontecimentos da vida social, cívica e política do nosso município. Acima do prédio tinha o "Coreto", onde, muitas vezes, a população assistia aos fatos da nossa nossa história. Grandes celebrações litúrgicas da Igreja Católica, Missas solenes no átrio da Matriz, apresentações e desfiles cívicos da semana da Pátria, a recepção a governadores e políticos importantes, bem como, uma das maiores solenidades cívico-religiosas, a despedida de Monsenhor Palmeira, para ser bispo da Diocese de Pesqueira, PE, com uma Missa concelebrada por 40 padres de outras paróquias e Dioceses da Paraíba.  A pracinha situava-se onde hoje é o "CALÇADÃO".  

COMO TUDO COMEÇOU - Não existia nada naquele local. Foram desapropriadas pelo poder publico várias casas, com o fim de dar nova vida ao centro da cidade, o que, hoje, chamamos de revitalização do centro da cidade. Antes de ser a Praça Getúlio Vargas, era a praça Dr. João Tavares, sem nenhuma edificação, apenas aquele espaço ficou denominado de Praça. Por Decreto de nº 26 de 08 de junho de 1927, foi denominada de Praça Getúlio Vargas, em homenagem ao Presidente da época, Getúlio Vargas, que inaugurava um novo governo, cheio de esperanças para o povo brasileiro.
                                                                                     
                                                                                    Durante vários anos, a Praça permaneceu sem nenhuma edificação, apenas o espaço vazio. Só no início da década de 40, foi edificada a Pracinha, com funcionamento de bar, cafèzinho e passou a ser ponto de encontros. Era o ambiente chique da cidade. Era tão chique a sua localização central que, depois, o bar foi denominado de "Bar Noite de Natal".

O MOMENTO MAIS TRISTE DA PRACINHA - Nos meados da década de 70, foi destruído todo aquele patrimônio histórico, sem dó, nem piedade, com o intuito de imitar o calçadão de Campina Grande e, lamentavelmente, a praça deixou de existir, não somente a Praça, mas os encontros, os bate-papos aconchegantes, o espaço da sociedade esperancense. A sociedade assistiu a tudo, emudecida.  Hoje, apenas a foto, apenas a lembrança, apenas a saudade.













          Foto da Antiga praça Getúlio Vargas

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Primeira gestão municipal - Primeiros atos administrativos

                                        
Manoel Rodrigues de Oliveira, o cidadão esperancense que foi escolhido para seu o primeiro preifeito de Esperança, um mês depois da emancipação do municipio. Era o começo do Sec. XX. Estávamos vivendo a primeira República. Na Vila de Esperança, o homem mais importante do novo municipio assumia os destinos do novo municipio. Assumiu o compromisso de dar os primeiros passos administrativos da cidade. Foi justamente no último dia do mês de dezembro de 1925, trinta dias após a emancipação. O fato ocorreu no edificio do paço municipal. A história não registrou onde se situava o edifico do passo municipal, pois, o novo municipio não tinha ainda o prédio da prefeitura. O compromisso se deu perante a autoridade judiciária do Termo da Comarca de Areia, PB., o Dr. João Marinho da Silva. Na mesma ocasião, assumiu também o compromisso de sub-prefeito, perante a mesma autoridade, o cidadãoTeotonio Tertuliano da Costa, também homem de prestígio no meio social do municipio.
                                       Como primeiro ato administrativo de Manoel Rodrigues foi a Portaria de nº 01, de 31 de dezembro de 1925 a escolha do Secretário Geral da Prefeitura, o sr. Teotonio Cerqueira da Rocha. De imediato, foi formando o primeiro Quadro de servidores do munícípio. O cidadão João Gonçalves de Lima foi o primeiro Fiscal Geral do Municipio, por Portaria datada de 02 de janeiro de 1926. Nesta mesma data, nomeou o sr. José Saturnino de Araujo, para exercer o cargo de Fiscal e Zelador do povoado de Areial.
                                      Dando sequencia à formação do Quadro de servidores municipais, nomeou o sr. José Donato Filho, para exercer o cargo de Auxiliar de Procurador das Rendas Municipais, completando a lista dos primeiros servidores; nomeou o sr. Sebastião Nicolau da Costa, para exercer o cargo de professor municipal do Pintado. Deduzimos que, com a nomeação do primeiro professor naquela localidade rural, também estaria instituindo a primeira escola do municipio. Logicamente que, como primeiro administrador do municipio, teria que se preocupar com as finanças.

O PRIMEIRO DECRETO MUNICIPAL.

                                    O Decreto nº 01,de 02 de janeiro de 1926, dispôs sobre o orçamento do municipio, adaptando-o ao orçamento de Alagoa Nova, vez que, o municipio recem-criado pertencia à juridição daquele municipio do brejo.
No mês de fevereiro do mesmo ano, foi criada, por decreto, a cobrança do imposto rural. Foi a primeira norma municipal instituindo imposto no município.

A PRIMEIRA PRESTAÇÃO DE CONTAS DO MUNICÍPIO.

                                   Na sua gestão, foi feito o primeiro balancete, datado de 15 de julho de 1926, em cujo teor especificava toda a prestação de contas da administração, os atos administrativos de nomeação de servidores, de criação da primeira escola na localidade do Pintado (hoje Distrito do Pintado). Esta prestação de contas foi dirigida ao Presidente João Suassuna.
Assim, foram dados os primeiros passos addministrativos do municipio de Esperança.
Manoel Rodrigues de Oliveira exerceu seu mandadto até o mês de fevereiro do ano de 1929.

  

Foto das maiores autoridades do município de Esperança na década de 30



Trata-se dos seguintes cidadãos: De pé,da esquerda para a direita, Coronel Elísio Sobreira ( Patrono da Polícia Militar da Paraiba), Inácio Rodrigues de Oliveira. Sentados, da esquerda para a direita: Manoel Rodrigues de Oliveira e Teotonio Tertuliano da Costa.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Termo de Compromisso de Teotônio Tertuliano da Costa.



FATOS E FOTOS QUE FIZERAM A HISTORIA DE ESPERANÇA


O segundo cidadão esperancense a ser escolhido para assumir os destinos administrativos da cidade de Esperança foi o comerciante Teotônio T. da Costa, iniciando o seu mandato no dia 09 de fevereiro de 1.929, no edifício do passo do Conselho Municipal, perante o presidente do Conselho, o Sr. José de Araujo Souto e, no mesmo ato, prestou o compromisso de Vice-Prefeito o sr. Ignacio Rorigues de Oliveira, cujo termo de compromisso foi lavrado pelo secretário do Conselho, o Sr. Teotônio Cerqueira da Rocha.
 No mesmo dia o novo prefeito enviou o Ofício de nº 04/29, dirigido ao Sr. Dr. João Pessoa Cavalcanti e Albuquerque, então presidente do Estado da Paraiba. Da mesma forma, comunicou, por Ofício de nº05/29, ao Secretário Geral do Estado, o Dr. José Américo de Almeida.

Como primeiro Ato administrativo da sua gestão, foi providenciar os serviços de conservação e construção das estradas de rodagens, comunicando esse ato ao presidente do Estado.

Por Decreto de nº 06, de 12 de junho de 1.931, fez doação do terreno ao Estado, para construção da primeira escola estadual do município, um grupo escolar, cujo terreno de 60m de frente e 100m de fundos, pertenceu ao sr.João Coelho de Lemos. Trata-se do Grupo Escolar Irineu Jofylli, situado na Rua Juviniano Sobreira, desta cidade.

No dia 02 de novembro de 1932, nomeou o cidadão Thomaz Firmino do Nascimento, para o cargo arrecador de imposto de uma das feiras da cidade. Vale salientar que o referido cidadão era conhecido popularmente como "Tomaz Gavião", patriarca de uma enorme família deste município.

O mandato do Sr. Teotonio Tertuliano da Costa terminou no ano de 1934.
Vale salientar que, hoje, existe uma rua com o seu nome, a que fica por traz do Supermercado Super Esperança, antigo Supermercado Boa Esperança.



quarta-feira, 18 de julho de 2012

O Grupo Escolar Era a faculdade de Esperança


FATOS QUE FIZERAM A HISTORIA DE ESPERANÇA

O GRUPO ESCOLAR IRINEU JOFYLLI ERA A FACULDADE DE ESPERANÇA

Por várias décadas, o Grupo Escolar Irineu Jofyli era uma verdadeira faculdade, para os habitantes daquela época. Não era escola de ensino fundamental como hoje é, mas era uma escola primária, da 1a a 5a. série (antigo admissão). Preparava o aluno para a vida, isto é, os ensinamentos que alí aprendiam-se serviam para conseguir um emprego no comercio. Quando alguém ia procurar um emprego em qualquer loja desta cidade, o dono da loja perguntava: Você sabe ler e escrever? Resposta do candidato ao emprego: Sei, sim, senhor! terminei o curso de admissão no grupo, e, também, sei muito bem as quatro operações. Pronto, estava aprovado e admitido no emprego. O dono da loja ainda dizia: Venha começar a trabalhar logo, venha sábado que é dia de feira. Eu preciso muito de uma pessoa como você.
O ensino era rigoroso, como rigorosa era a diretora daquela escola, Dona Lídia Fernandes, saudosa memória! usava de métodos que eram permitidos naquela época, como sejam: Argumento de matemática, palmatoria. Fazer o aluno ficar de joelhos, como castigo, por alguma indisciplina cometida, puxavante de orelha, biliscão nos braços e reguada.
Os pais não reclamavam nada, quando o filho chegava chorando, reclamando os maus tratos praticados pela professora, pois, era regra das antigas escolas, castigar os alunos, geralmente, os pais diziam: "Eu acho é pouco", se você estudasse, não ia acontecer isso. Eu vou dizer a Dona Lídia que pode gastigar sem pena.
Mesmo assim, a aprendizagem acontecia. Muitas pessoas que só consiguiram concluir o curso primário se vangloriam pela caligrafia que teem, pelo entendimento sobre diversos assuntos de conhecimentos gerais.
A escola, hoje, está dentro das novas regras do ensino, impostas pela reforma do ensino. O prédio já passou por diversas reformas, sendo que, uma delas, é a frente do prédio, onde derrubaram o muro e fizeram uma praça. A praça recebe o nome de Dorgival Belarmino da Costa, em homenagem àquele cidadão, que foi vereador e vice-prefeito da cidade. 

terça-feira, 17 de julho de 2012

FATOS QUE FIZERAM A HISTÓRIA DE ESPERANÇA - O RELÓGIO DA MATRIZ

                            FATOS QUE FIZERAM A HISTORIA DE ESPERANÇA

O RELOGIO DA MATRIZ

Já lí algumas équenas histórias sobre a construção da Igreja Matriz de nossa cidade, a reforma do templo e sobre a inauguração do relógio posicionado na tôrre, completando, hoje, quase setenta anos de idade.
Todos os esperanrancenses são testemunhas auditivas do badalar do relógio. Para toda a população, todos os olhos não se cansavam de olhar o relógio, no sentido de saber a hora certa, nas ocasiões mais importantes, ficando, costumeiramente, atentos ao horário.
As pessoas que não possuiam relógio confiavam cegamente no relógio da igreja, na sua precisão, durante as vinte e quatro horas do dia. Muita gente gracejava com pessoas que perguntavam as horas a laguém que tinha relógio no braço, e respondia, com ares de brincadeira, consulte o relógio dos pobres!
Quando eu era criança, sonhava com o presente de Papai Noel, na noite de Natal, sempre esperando que amanhecesse no dia de Natal um relógio de presente. Nas brincadeiras de meninice, desenhava um relógio no braço, com lapis de tinta azul.
Porém, naqueles ídos tempos, nenhum menino da minha idade possuia relógio. O relógio que sempre estava presente na vida de todos nós era o relógio da Igreja.

O RELÓGIO DOS RICOS

Alguns adultos que eram conhecidos como ricos, entre êles, os comerciantes tradicionais da cidade, ou, pessoas de influencia no meio social, de bom poder aquisitivo, encomendavam suas calças aos alfaiates, exigindo que a calça fosse feita com dois bolsos tipo algibeira. (algibeira era um pequeno bolso que os homens usavam para portar moedas ou conduzir o relógio de algibeira, por baixo do cinto). Eram relógios automáticos, modernos, difrentes dos que usavam antes, daqueles que só funcionavam se o dono desse corda. quando quebrava, levavam para o concerto e, sempre era a corda do relógio que se quebrava.
Mas, o mais interessante ou o mais importante é descrever, não somente a importancia que exercia o relógio da Igreja sobre a vida das pessoas de toda a comunidade, mas a sua utilidade social e o seu valor rmântico para a vida de cada esperancense, do amanhecer do dia ao final da noite, ele era um meio de orientação, posso dizer assim, uma bússola indispensável.

O ASPECTO ROMÂNTICO DO RELÓGIO DA IGREJA

No dia a dia das pessoas, em que todas as atividades da sociedade, como por exemplo, no comércio, no esporte, na vida social, no lazer, para o horário das refeições, para o horário de dormir, estudar, ler, viajar, namorar e até, para casar.
Os casais de namorados que tinham namoro fixo, marcavam horário para os encontros, sempre à noite, cedo da noite, para ir ao cinema, ou mesmo, ir para a casa da namorada. Era sempre o relógio da Matriz, sempre escutado nos quatrocantos da cidade . Se algum dos namorados falhasse ou chegasse atrasado, ela sempre perguntava, em tom de repreensão: Não ouviu o relógio da Igreja tocar, não? A resposta era sempre enrolada.
Existia sempre um horário marcante, para diversas ocasiões, à noite, era o das 8,00hs (vinte horas). Nas décadas anteriores, principalmente a década de 50, ou, melhor dizendo, nos anos cinquenta, era costumeiro marcar algum encontro depois da missa, aos domingos. Isso acontecia com os casais de namorados, com  as pessoas que ouviam programas de rádio, isto é, novela pela rádio borborema. Outras perguntavam a outras, dentro de casa, já ouviste se o relógio da Igreja ja deu oito horas? Se alguém possuia relógio de pulso, não confiava no seu relógio, conferia sempre pelo relógio da Igreja. Conferindo o horário, dizia: Este meu relógio é bom demais, sempre está com a hora igualzinha ao da Igreja.

O AVANÇO DA TECNOLOGIA.

Na década de quarenta, a energia elétrica de Esperança era movida por um motor, que funcionava por traz da casa de seu Anonio Gomes da Rocha (Antônio de Epitácio) e o local em que funcionava aquele motor ficou apelidado de "Usina de Luz".
O prefeito da época determinou por decreto que a Usina de Luz só funcionasse até às vinte e quatro horas (meia noite), antes, fechava às vinte e duas horas (dez da noite). Dizia ainda, aquele decreto munciipal que o motor começasse a funcionar às 18,00hs e, durante o inverno, às 17 horas. Era sempre o relógio da Igreja que comandava. Com esse novo horário a cidade começou a dormir mais tarde.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Na Miudeza do Meu Pai

FATOS QUE FIZERAM A HISTORIA DE ESPERANÇA.

Meu Pai era comerciante de Miudezas em Esperança. Foi um dos primeiros comerciantes da cidade. Patrício da Miudeza. Começou com uma bodega na rua do Boi, no final da década de 30. Depois, nos anos 40, passou a negociar no ponto comercial do prédio do cinema São Francisco (O cinema de seu Titico). Posteriormente, na década de 50, mudou a sua loja para a esquina, onde hoje é a Farmácia de Milena. De lá, quase no final da década de 60, comprou um prédio, onde fixou-se definitivamente, com um armarinho de miudezas.Ele dizia: Tem que ter de tudo, só vende quem tem. Baseado nisso, escrevi, em versos, o que a Miudeza de meu tinha pra vender.



 NA MIUDEZA DO MEU PAI

Na miudea do meu pai vendia de tudo,
Menos comida, menos cachaça,
Era na rua principal da nossa cidade,
O povo dizia agente procura e acha.

Tinha tudo mesmo! de todo tipo de botaão
a agulha, fina e grossa, e de costurar bisaco
Agulha de sapateiro, de crochê e de costurar saco,
Alfinete, broche, colchete e botão de pressão.

Tinha perfume dos mais variados e até Royal Briar,
Sabonete fino e são aristolino pra coceira passar
Talco de pó pra criança e talco pra tirar chulé,
Loção de brba e todo tipo de loção pra mulher.

Quite pra defunto: mei marron e meia preta,
vela, cordão de São Francisco e incenso,
e se o espírito não me engana eu penso
que tinha fumo de luto em sinal de tristeza.

Enxoval de batizado com um par de meiote branco,
Também levva a vela, perfume de alfazema,
tôca de lã, luvas, e do menino Jesus um emblema,
pra ficar no quadro da parede, junto do santo.

Tinha quite de noiva: buquê e capela,
brinco de ouro ou de fantasia e também aliança,
o noivo trazia no bolso  medida do dedo dela
e fazia questão da qualidade pra ficar de lembrança.

E pra costureira: fita, bico de cambraia e renda,
dedal, tesoura, agulha de máquina e fita métrica,
óle pra máquina manual e máquina elétrica,
sianinha, inviéis, dedal de plástico pra fazer emenda.

Desodornte mistral e perfume desejo,
incenso 102, brilantina glostora e zezé
pasta kolinos, gessy e branquelejo,
pasta colgate, creme pra espinha de mulher.

Linha zebra, linha urso e linha bispo,
linha de tricô, de crochê e de pescar,
de pescar piaba, traira e até o caniço,
espoleta de papel e pólvora pra caçar,

Era coisa demais e como tinha coisa,
frizo, lapis de sobrancelha e bico de caneta,
sim, boneca de pano e boneco de boina,
calunga que dorme, mamadeir e chupeta.

Pros cabra macho, bala de 38 e cartucheira,
765, bala "U", ouvido de espingarda clibre trinta e dois
faca de sapateiro, canivete e peixeira,
e de cozinha peneira e escorredeir de arroz.

Pra meninada, binquedo de todo tipo,
bola de assopro, bola pelé, garrincha e rivelino,
e, pra encher a bola tinha também o pito,
tenis conga de menina e de menino.

E, pra escola, caderneta, lapiseira e carta do abc,
bico de pena, giz e luza pra escrever,
mata borrão, tinteiro e caneta de pau,
era tanta coisa , tinha até papeiro de mingau.

Também tinha meia soquete para os mais antigos,
gilete azul, pincel, espuma de barba branquinha,
suspoensório, cinturão de plástico e de couro pros amigos,
escova de dente dura, média e maciinha.

Esmeril de amolar navalha de aço soligem,
espelho redondo e quadrado, creme pra impigem,
pó de arroz, rouge e camisa de malha,
bolsa de escola, maleta e alça de mala.

Era coisa demais, até comprimido pra dor,
cibalena, cibazol, melhral e água rabelo,
sonrisal, gaiacol pra dor de dente e anador,
e, se não me falha a memória, tinta pra cabelo.









































































                                                Foto de Noêmia Rodrigues (filha de Manoel Rodrigues de Oliveira)

FAMÍLIAS QUE CONTRIBUIRAM COM O DESENVOLVIMENTO DE ESPERANÇA

Dentro do quadro de publicações a serem enfocados, êste, "Famílias que Contribuiram com o Desenvolvimento de Esperança", apresentamos, agora, uma filha ilustre de Esperança, que tão cedo se ausentou de sua terra natal, para viver noutras plagas distantes do convívio familiar. Noêmia Rodrigues, filha do primeiro prefeito de Esperança, foi residir em São Paulo, na década de 50, depois da morte de seu pai. Era solteira, quando saiu de Esperança, residia na Av. Manoel Rodrigues de Oliveira, artéria principal de nossa cidade, num casarão que, lamentavelmente foi destruido, apagando a memória de grandes fatos históricos do município.
                                              Chegando a São Paulo, adotou uma filha de que não temos notícias. Casou e lá enviuvou. Nunca mais voltou a Esperança. Noêmia era uma mulher de boa presença, vaidosa, elegante e bonita. Pela foto, podemos contemplar a figura que ela era. Antes de viajar, vendeu todos os móveis deixados pelos seus pais, móveis esses antigos, de madeira de lei (macacauba), cristaleira e penteadeira com espelhos e vitrais de cristal. O casarão construido no começo do século passado, que residia aqui em Esperança, tinha jardim interno, piso de mosaico e paredes com azulejos portugueses. depois de destruido,em seu local constuiram o prédio do Banco do Brasil, que todos nós sabemos. Isso já significava o descaso para com a memória do municipio.
                                              Com a destruição daquele imóvel, houve uma grande movimentação contra a derrubada do casarão. O Dr. João de Deus Melo, reprentando o Patimônio Histórico da Paraiba empreendeu esforços, convocou a imprensa falada, televisada e escrita, no sentido de impedir a perda daquele patrimônio. Ficou sòzinho na luta. E casarões e prédios históricos de Esperança tombaram diante dos olhos de todos.

terça-feira, 10 de julho de 2012

FFatos e Fotos que fizeram a historia de Esperança



Fatos que fizeram a historia de Esperança. Na imagem, ao lado, vemos o documento hitórico que representa o início da história político-administrativa de Esperança. O primeiro passo posterior à emancipação política do nosso município. Data de 31 de dezembro de 1925, no edificio do passo municipal, pelas 13,00hs, perante a autoridade única do novo município, o Juíz Municipal do Termo de Esperança (Termo da Comarca de Areia), o Dr. João Marinho da Silva. Então foi escolhido o cidadão Manoel Rodrigues de Oliveira, comerciante, pecuarista, proprietário de terras e de vários imóveis na Villa de Esperança. No mesmo ato, assumiu também o compromisso de ser Sub-Prefeito, o cidão Theotonio Tertuliano da costa, tabém comerciante. O Termo foi redigido por outro cidadão, o Sr. Teotônio Cerqueira da Rocha, na condição de Secretário do Conselho da Villa. Verifique-se que, logo após o Ato de Emancipação de Esperança, dentro do primeiro mês posterior ao Ato, foi formado um Conselho Municipal, com o fim de tomar as primeiras iniciativas administrativas da então Villa. Não se tem documentado quem participou do Ato de assunção ao poder dos dois cidadãos.O cidadão Manoel Rodrigues de Oliveira era proprietário da Loja Ideal, no centro da cidade, onde hoje funciona Almeida Construções. Também o cidadão Theotônio Tertuliano da Costa era proprietário da Loja das Noivas, ambas situadas na antiga Av. Senador Epitácio, hoje, Avenida Manoel Rodrigues Oliveira, em homenagem póstuma ao mesmo.
                                                                       

quinta-feira, 5 de julho de 2012

FAMILIAS QUE CONTRIBUIRAM COM O DESENVOLVIMENTO DE ESPERANÇA


19.01.1.934 - 17.09.2006
Paulo Martins de Oliveira em Momento de Descontração.
Nascido de uma família simples, humilde, de sete irmãos. Era filho de Manoel Martins de Oliveira e de dona Santina Maria de Oliveira.que com seu desempenho e ativiades no seio da sociedade de Espeança, gerou uma familia trdicional, tendo no meio familiar, políticos,médicos e advogdos. Fazia questão de nunca usar o nome da família para subir nos degraus da vida. Seu caráter nasceu de uma família que tinha prendas domésticas, sua educação moral e cívica nasceram dentro do lar de seus pais. Este é o tipo de homem que escreveu sua história e de sua família, tendo como lema o trabalho, a iniciativa propria, a versatilidade. A família Matins se estende hoje por várias partes do país.
Começou a sua vida, como adulto, no Rio de Janeiro, onde aprendeu a profissão de tecnico em eletônica. Foi balconista em uma loja de tecidos, de propriedade um árabe, no Rio de janeiro, trabalhou na Souza Cruz, Companhia de Cigarros.
Era apaixonado por safona, cujo instrumento musical aprendeu a tocar sozinho, emprestada de um amigo, na década de 50. Como vemos na foto acima, em momentos de descontração, no quintal de casa, toca as músicas de Luiz Gonzaga, de quem era fã incondicional. Em Esperança, abriu uma oficina de concerto de rádios e radiolas, e, posteriormente,  uma loja de mateial de contrução, ato esse acontecido na década de 60. Já firmado na vida, resolveu casar. Encontrou a sua namorada, aquela que seria a compa nheira de todas as horas, a Sra.Cícera Guimarães Martins.Ao falecer, deixou duas filhas: Neide e Laucineide, que hoje vivem do comercio, seguindo a tradição do pai.












































Posted by Picasa